Os arquitetos portugueses responsáveis pela “OCO – Ocean & Coastline Observatory” ganharam o Desafio de Arquitetura Habitat for Humanity: [UN] RESTRICTED ACCESS 2011. Mais de 500 equipes de 74 países apresentaram soluções inovadoras para a recuperação e reutilização de instalações militares abandonadas e em más condições. Estas observações foram analisadas até serem selecionados 13 finalistas por um júri de 33 profissionais conceituados.
Os arquitetos de Lisboa, foram premiados demonstrando sua visão para reconstruir uma área militar desolada ( que defendia a costa da Trafaria, em Portugal) e transformá-la em um espaço cívico que promove a preservação do litoral.
Guiada pela crença de que a identidade de Portugal está indissociavelmente ligada ao oceano, a equipe optou por uma grande rede de infraestrutura no estuário do Tejo onde já foi a Quinta da Trafaria ou ‘Bateria da Raposeira’. Ironicamente, este local de casamatas – abrigos estratégicos militares – abandonadas, entrincheiradas e armadas com canhões pesados da Marinha foi construído para durar. Paredes espessas de concreto e lajes de ferro são detalhadas com pedras nos beirais, escadas e aberturas, cobertos pela vegetação.
A proposta dessa premiação mantém a intenção original da Quinta da Trafaria, oferecendo uma solução capaz de continuar a proteger a costa através da preservação ecológica e sustentável. O projeto prevê um esquema que transformaria o local em um espaço cívico próspero onde as pessoas de diferentes comunidades possam se encontrar e compartilhar suas preocupações, planos e ambições para a costa.